29 de ago. de 2010

Setembro mês das crianças



São a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza. São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados pelos caboclos e pelos pretos-velhos. É uma falange de espíritos que assumem em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. É a única linha em que a comida de santo (Amalás), leva tempero especial (açúcar). É conhecido nos terreiros de Nação e Candomblé, como (ÊRES ou IBEJI). Na representação nos pontos riscados, Ibeji é livre para utilizar o que melhor lhe aprouver. A linha de Ibeji é tão independente quanto à linha de Exu. Ibeijada, Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes para essas entidades que se apresentam de maneira infantil. No Candomblé, o Erê, tem uma função muito importante. Como o Orixá não fala, é ele quem vem para dar os recados do pai. É normalmente muito irrequieto, barulhento, às vezes brigão, não gosta de tomar banho, e nas festas se não for contido pode literalmente botar fogo no oceano. Ainda no Candomblé, o Erê tem muitas outras funções, o Yaô, virado no Erê, pode fazer tudo o que o Orixá não pode, até mesmo as funções fisiológicas do médium, ele pode fazer. O Erê muitas vezes em casos de necessidade extrema ou perigo para o médium, pode manifestar-se e trazê-lo para a roça, pegando até mesmo uma condução se for o caso.Na Umbanda mais uma vez, vemos a diferença entre as entidades/divindades. A Criança na Umbanda é apenas uma manifestação de um espírito cujo desencarne normalmente se deu em idades infanto-juvenis. São tão barulhentos como os Erês, embora alguns são bem mais tranqüilos e comportados. No Candomblé, os Erês, tem normalmente nomes ligados ao dono da coroa do médium. Para os filhos de Obaluaiê, Pipocão, Formigão, para os de Oxossi, Pingo Verde, Folinha Verde, para os de Oxum, Rosinha, para os de Yemanjá, Conchinha Dourada e por ai vai. As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comums, normalmente brasileiros. Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, etc...As crianças de Umbanda comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas, os Erês do Candomblé além desses, comem frangos e outras comidas ritualisticas como o Caruru, etc... Isso não quer dizer que uma Criança de Umbanda não poderá comer Caruru, por exemplo. Com Criança tudo pode acontecer. Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. Os "meninos" são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência. Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a "brincadeira" (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão "engraçada" assim. Poucos são aqueles que dão importância devida às giras das vibrações infantis. A exteriorização da mediunidade é apresentada nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja realizada em dias festivos, e às vezes não consegamos conter os risos diante das palavras e atitudes que as crianças tomam. Mesmo com tantas diferenças é possível notar-se a maior características de todos, que é mesmo a atitude infantil, o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas, como os quais fazem as festas nos terreiros, com as crianças comuns que lá vão a busca de tais brinquedos e guloseimas nos dias apropriados. A festa de Cosme e Damião, santos católicos sincretizados com Ibeiji, à 27 de Setembro é muito concorrida em quase todos os terreiros do pais. Uma curiosidade: Cosme e Damião foram os primeiros santos a terem uma igreja erigida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe. Não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Muitas entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos.

MAGIA DA CRIANÇA

O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são... todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem. Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez. A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes. A entidade conhecida na umbanda por erê é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas -o refrigerante e trata a todos como tio e vô. Os erês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro.

ONDE MORAM AS CRIANÇAS

A respeito das crianças desencarnadas, passamos a adaptar um interessante texto de Leadbeater, do seu livro "O que há além da Morte". "A vida das crianças no mundo espiritual é de extrema felicidade. O espírito que se desprende de seu corpo físico com apenas alguns meses de idade, não se acostumou a esse e aos demais veículos inferiores, e assim a curta existência que tenha nos mundos astral e mental lhe será praticamente inconsciente. Mas o menino que tenha tido alguns anos de existência, quando já é capaz de gozos e prazeres inocentes, encontrará plenamente nos planos espirituais as coisas que deseje. A população infantil do mundo espiritual é vasta e feliz, a ponto de nenhum de seus membros sentir o tempo passar. As almas bondosas que amaram seus filhos continuam a amá-los ali, embora as crianças já não tenham corpo físico, e acompanham-nas em seus brinquedos ou em adverti-las a evitar aproximarem-se de quadros pouco agradáveis do mundo astral." "Quando nossos corpos físicos adormecem, acordamos no mundo das crianças e com elas falamos como antigamente, de modo que a única diferença real é que nossa noite se tornou dia para elas, quando nos encontram e falam, ao passo que nosso dia lhes parece uma noite durante a qual estamos temporariamente separados delas, tal qual os amigos se separam quando se recolhem à noite para os seus dormitórios. Assim, as crianças jamais acham falta do seu pai ou mãe, de seus amigos ou animais de estimação, que durante o sono estão sempre em sua companhia como antes, e mesmo estão em relações mais íntimas e atraentes, por descobrirem muito mais da natureza de todos eles e os conhecerem melhor que antes. E podemos estar certos de que durante o dia elas estão cheias de companheiros novos de divertimento e de amigos adultos que velam socialmente por elas e suas necessidades, tomando-as intensamente felizes." Assim é a vida espiritual das crianças que desencarnaram e aguardam, sempre felizes, acompanhadas e protegidas, uma nova encarnação. É claro que essas crianças, existindo dessa maneira, sentem-se profundamente entristecidas e constrangidas ao depararem-se com seus pais, amigos e parentes lamentando suas mortes físicas com gritos de desespero e manifestações de pesar ruidosas que a nada conduzem. O conhecimento da vida espiritual nos mostra que devemos nos controlar e nos apresentar sempre tranqüilos e seguros às crianças que amamos e que deixaram a vida física. Isso certamente as fará mais felizes e despreocupadas.

Veja este e outros textos no site:  Terreiro Pai Joaquim de Angola.
                                                   http://tupaijoaquimangola.blogs.sapo.pt/

TROFÉU ADJÁ ÀS EKÉDJES - Fotos

Com grande alegria nossa casa participou do Troféu Adjá às Ekédjes, veja as fotos:







25 de ago. de 2010

Grande Belém abriga mil ‘terreiros’ afros

Grande Belém abriga mil ‘terreiros’ afros



Edição de 22/08/2010


MAPEAMENTO Religiões de matriz africana são catalogadas em pesquisa nacional
 
       Mesmo quase desconhecidos da população, terreiros de religiões afro brasileiras estão espalhados pela Região Metropolitana de Belém (RMB). Umbanda, candomblé, tambor de mina, pena, maracá e pajelança são algumas destas denominações religiosas que são pesquisadas pelo projeto "Mapeando o Axé" e, a partir de agora, podem ganhar maior visibilidade.

       Até o mês de julho, o projeto já havia mapeado 945 terreiros religiosos de origem africana na RMB. A expectativa é superar a marca de 1 mil terreiros, segundo expectativa do projeto, praticamente o mesmo número registrado na cidade de Salvador (BA). Lideranças religiosas afro-brasileiras da capital veem no mapeamento uma forma de ganhar destaque para as ações desenvolvidos pelos terreiros, já que estas religiões ultrapassam a religiosidade para contribuir de muitas maneiras com sua comunidade de entorno.

       "Mapeando o Axé: pesquisa socioeconômica e cultural de povos e comunidades tradicionais de terreiro" é um projeto patrocinado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura), com execução do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Além de Belém, única cidade amazônica a ser mapeada, o projeto é realizado nas cidades de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ), nas quatro primeiras, sob responsabilidade da ONG Filmes de Quintal.

http://www.orm.com.br/oliberal/oliberal_digital/assine.html

21 de ago. de 2010

Os Nove Pentes D' África

Baseado no livro Os Nove Pentes D'África, de Cidinha da Silva, o espetáculo de mesmo nome, traz para a cena a história da família de Francisco Ayrá: marceneiro, escultor, negro, que antes de morrer deixa de presente para seus netos e netas, pentes africanos. Cada pente é signo de vários sentidos, aponta caminhos e faz perguntas. Encenação é costurada por canções brasileiras e outras compostas especialmente para o espetáculo. Atabaques, tambores, pandeiros, cuícas, calimbas e marimbas conferem à trilha uma sonoridade que transita entre as músicas brasileira e africana. O cenário do espetáculo é composto por pentes africanos gigantes que se transformam em bancos e cadeiras de madeira e ferro. O figurino urbano investiga e absorve tecidos e adornos das culturas de África. Quatro atores e dois músicos, compõem o elenco deste espetáculo contemporâneo, que revela e celebra as reminiscências e ambiências das culturas de matriz africana reinventadas no Brasil.




19 de agosto às 16h

20 de agosto às 15h

21 de agosto às 15h



Local:
Galpão do Espaço Tom Lobim

Rua Jardim Botânico, 1008.
Jardim Botânico – Rio de Janeiro – RJ

Texto: Cidinha da Silva

Direção/Cenografia/Canto: Iléa Ferraz
Atores:

Alexandre Firmino

Flávia dos Prazeres

Lincoln Oliveira

Luciana Lopes
Músicos:

Rafael Duvale (arranjos)

Joás Santos



ENTRADA FRANCA

18 de ago. de 2010

MESTRE HUMBERTO

HUMBERTO DE SOUZA
(Mestre Humberto)

Alto, esguio e elegante. Vestido com uma bata africana por sobre a calça vincada.. Nos pés sapatos lustrosos e na cabeça ,um eketê , chapéu que reforçava imagem ligada a sua ancestralidade afro descendente. Olhar manso e sagaz.. Sempre disposto a informar algo que dominava em seu vasto conhecimento. Ninguém sabe em quantos idiomas se expressava. Lembro-me, em 1971 estávamos tocando em um espetáculo , no Espírito Santo, apareceu um chinês e eles conversaram por longo tempo no idioma do recém chegado. Nesse longo tempo que nos relacionamos eu o vi conversando correntemente, em espanhol, inglês, francês , alemão,Russo, árabe,chines ,Yorubá e quimbundo. Além do conhecimento de jurisprudência, por força da sua formação e atuação como Advogado, Compreendia e vivia a linguagem dos tambores., tocando com sensibilidade, conhecimento e vigor os atabaques em espetáculos, manifestações populares e religiosas.

Nas Casas de Santo, quando chegava, os atabaques dobravam, anunciando a sua presença. A homenagem só cessava quando ele colocava a mão sobre o Ruw, o tambor grave que pontua a historia dançada pelo orixá e cantada pelo Ogã.. Em seguida, já incorporado à pequena Orquestra (gâ, agogo, afoxé,Ruw, ruw-pi e Lê), puxava um canto e assumia um instrumento, dando prosseguimento a cerimônia religiosa . Os Orixás, Yalorixá, Yákerês, ekédis, Abians, abiaxés , abikus e presentes se revigoravam nos cânticos , toques e danças executados nos espaço sacralizado.

Mestre Humberto, chamado pelo nome de Balogum ( Obalúàyé guerreiro) no universo sacro afro brasileiro, tinha o cargo honorífico de OIYÊ , estando próximo a se consagrar OLUÔ que é o sacerdote conhecedor do oráculo de IFÁ e que entre os Yorubás é designativo dos chefes dos Babalaôs.Entre outras importantes atribuições, cabe ao Sacerdote de Ifá, através de consulta ao oráculo, determinar quem deverá ocupar a direção das Casas de Santo.

Mestre Humberto se foi na sexta feira 13 de agosto aos 70 anos de idade, deixando saudade. A partir de agora fará parte cosmo e certamente será BABAEGUM. Um guardião a mais habitando o ORUM.



Texto de Carlos Negreiros

16 de ago. de 2010

Homenagem a mulher negra


Dia: 26/08/2010

hora: 16:00

Local: Sede do SINDSPREV na Rua Joaquim Silva, 98 - Lapa
(Espaço Cultural Luiz Carlos da Vila)
Maiores informações:
Profª Valeria Teixeira 9327-0094 - 9879-8707 - 8385-7943

ATOTÔ ! ! !


ORAÇÃO A OBALUAYE



Salve o Senhor o Rei da Terra!
Médico da Umbanda, Senhor da Cura de todos os males do corpo e da alma.
Pai da riqueza e da bem-aventurança.
Em ti deposito minhas dores e amarguras, rogando-te as bênçãos de saúde, paz e prosperidade.
Faz-me digno de merecer todo dia e toda noite, vossas bênçãos de luz e misericórdia.
Oh, Mestre da Vida,
Vós é o limitador das enfermidades.
Suplicamos sua misericórdia aos males que nos afetam!
Que suas chagas abriguem nossas dores e sofrimentos.
Concede-nos corpos sadios e almas serenas.
Mestre da Cura, amenize nossos sofrimentos que escolhemos resgatar nessa encarnação!
ATOTÔ
ATOTÔ OBALUAYÊ!

10 de ago. de 2010

Reforma da Casa de Omolu pelo MinC

Anúncio de reforma da Casa de Omolu pelo MinC presenteia Ilê Axé Opô Afonjá


O secretário executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy, esteve presente, ontem (01.08), no último dia de comemorações do centenário do Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, representando o ministro Juca Ferreira. Manevy visitou as obras financiadas pelo MinC na Casa de Oxalá, que deve ser entregue em setembro, para a festa das águas de Oxalá, e anunciou apoio do governo para reformar a Casa de Omolu.

Em pronunciamento, Manevy justificou a ausência do ministro, que está presidindo a 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, em Brasília. O ministro presidiu, ontem, a sessão que conferiu ao Brasil a inclusão de mais um bem à Lista do Patrimônio Mundial da Humanidade reconhecido pela Unesco: a praça de São Francisco, na cidade de São Cristovão (SE).

“Os terreiros são lugares privilegiados para a preservação das memórias ancestrais. O Ilê Axé Opô Afonjá é um dos mais importantes dos seus pilares”, disse Manevy. O secretário leu o discurso que o ministro havia preparado para o evento. “Mãe Aninha, a fundadora do Axé Opô Afonjá, aqui hoje homenageado, é um dos maiores exemplos na história nacional de uma política sem partidos, que caracteriza a dimensão litúrgica dos descendentes de africanos no Brasil”, destacou.

Em um trecho do discurso lido por Manevy, o ministro Juca Ferreira afirma que “lidando com as diferenças (as irmandades religiosas, o convívio com intelectuais) , o terreiro deixa uma lição republicana para a atualidade: espiritualidade é, antes de tudo, independência do espírito frente aos dogmas e às verdades absolutas. Quando se é pleno de espírito, respeita-se a diferença, respeita-se a crença do outro. Isso é grandeza, isso é, junto com o axé guardado, um dos conteúdos preciosos do Axé Opô Afonjá”.

Sobre o apoio recebido do Ministério da Cultura, Mãe Stela disse que “uma forma de agradecer a cada um que está de mãos dadas conosco é pedir nos pés de cada Orixá para que tudo evolua bem na vida espiritual de vocês”.

Durante os festejos, houve o lançamento, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), de um selo personalizado e um carimbo comemorativo. Também houve a inauguração do Busto de Mãe Aninha, o lançamento de publicações, dança, capoeira, documentário e palestras. O encerramento das comemorações foi embalado pelo ritmo da banda Aiyê (Ilê Aiyê), que agitou os convidados durante a celebração do centenário.

(Comunicação Social/MinC)

http://www.cultura. gov.br/site/ 2010/08/02/ festa-da- diversidade/

9 de ago. de 2010

TROFÉU ADJÁ ÀS EKÉDJES

TROFÉU ADJÁ
PRÊMIO ÀS EKÉDJES

Homenagem as mulheres que cuidam com Amor e Carinho das nossas Divindades.

Dia 15 de agosto de 2010
domingo

às 16 horas

Local: Clube dos Taifeiros da Aeronáutica

Rua Aguiar Moreira, 555 – Bonsucesso

Rio de Janeiro - RJ

Fundos da SUAM



Entrada Franca



Reserva de Mesas:

Pai Renato e Pai Nando:

(21) 2260-6246/ 9374-2001 /9438-2539

5 de ago. de 2010

OMOLOKÔ

Muitas vezes me pergunto quais são as diferenças entre a Umbanda e o Candomblé, claro que muitas evidências nos mostram suas singularidades e pluralidade existentes e latentes em tais religiões irmãs, mães e filhas, que comungam de uma mesma fé, que transparecem de diferentes formas e diferentes nações, sempre caminhando na trilha do respeito, amor, união e fé. Porém as dúvidas e mistérios sempre existirão, e entre tanta diversidade está o Omolokô, entre alguns sites visitados, selecionei um muito interessante e rico em seus dizeres. Boa Leitura.


OMOLOKÔ

É uma palavra composta que deriva de duas outrasoriundas da língua Iorubá com três versões distintas, segundo sua interpretação.
No primeiro ramo de análise, que é a versão da Srª Léa Maria Fonseca da Costa, Mãe-de-santo de Omolokô quer dizer:
“Omo” que significa “Filho” “Loko” referindo-se a árvore Iroko e tem o sentido de algo como “Filhos da Gameleira Branca”.
No segundo ramo de análise, que é a versão do Srº Tancredo da Silva Pinto, Tatá Ti Inkice (pai de santo de Angola), em seu livro Culto Omolokô - Os Filhos de Terreiro - "Omolokô significa:

“Omo” -Filho e “Oko” - Fazenda, zona rural onde esse culto, por causa da repressão policial que havia naquela época, os rituais eram realizados na mata ou em lugar de difícil acesso dentro das fazendas dos donos de escravos.
Por fim, pode-se ainda relacionar o significado da palavra Omolokô também ao Orixá Okô, o orixá da agricultura, que era adorado nas noites de lua nova pelas mulheres agricultoras de inhame. Antigamente, o Orixá Okô era muito cultuado no Rio de Janeiro.
Talvez por causa disso hoje temos as denominações de “terreiro e roça” para os lugares onde os cultos afro-brasileiros são realizados. Nesse culto os orixás possuem nomes yoruba (Nagô), seus assentamentos parecem-se com os do Candomblé.
Independente das versões é sabido que o nome Omolokô define um culto originário do Rio de Janeiro com práticas rituais e de culto aos Orixás e que aceita cultos, aos Caboclos, aos Pretos-velhos e demais Falangeiros de Orixás da Umbanda. O culto Omolokô é apontado por estudiosos do assunto e praticantes como um dos principais influenciadores da formação da Umbanda africanizada ao lado do Candomblé de Caboclo, do Cabula e do próprio Candomblé. Teria surgido, segundo Tancredo da Silva Pinto entre o povo africano Lunda-Quiôco. É chamado erroneamente de Umbanda Omolokô, pois se difere desta por ter características singulares aos seus preceitos tais como matanças, vestimentas, e etc...

 
O Omolokô possui ritualística própria, portanto não se pode caracterizar qualquer Umbanda africanizada como tal. Seu representante mais expressivo é o tatá Tancredo da Silva Pinto, já falecido, estafeta dos correios, morador do morro São Carlos, que foi um grande estudioso e escritor do livro Culto Omolokô: Os Filhos de Terreiro. Porém figuras em tamanha importância, relatam a existência do Omoloko, tais como a escrava Maria Batayo e a filha de escravos Léa Maria Fonseca da Costa que preservaram o Omolokô dissociado da Umbanda como aborda Tancredo da Silva Pinto.

A diáspora dos orixás cultuados no Omolokô é a mesma utilizada pelo Candomblé e sua organização dogmática o faz diferir também por isso da Umbanda que os cultua em número menor e de forma majoritariamente sincrética.
Significado

Algumas pessoas se confundem do que seja Omolokô. “Omolokô é Umbanda ou Candomblé? “ A resposta só poderia ser uma única: Omolokô não é Umbanda apesar de aceitar em seus rituais o culto a Falangeiros de Orixás. O Omolokô cultua os Orixás com suas cantigas em Yorubá ou Angola, pois como já foi dito anteriormente esse ritual houve forte influência também por estas duas culturas. Porém, como pode-se ver, o ritual Omolokô não poderia ser encaixado no grupo dos Candomblés, pelo principal motivo de que no Omolokô são cultuados, ainda que em situações separadas, os Caboclos, Pretos-Velhos dentre outros, aceitando-se a realização de práticas ritualísticas de Umbanda em um mesmo solo. Há quem defina o Omolokô como “Umbandomblé”, ou como “Candomblé Umbandizado” ou ainda como “Umbanda Candombleizada” , porém, definições adaptáveis apenas às casas de Omolokô que fundem seus cultos, uma vez que existem aqueles que não misturam tais práticas.




Desvendando o culto omolokô

A desinformação sobre o Omolokô foi e é provocada pela combinação de vários

fatores.

Primeiro porque o povo Bantu, ponto de partida desse culto, era particularmente

dado ao isolamento e muito mais reservados que os demais negros que aportaram no

Brasil. Eles supunham manter desse modo, os segredos de culto intactos, mas na

realidade isso acabou por gerar inúmeras distorções, vividas até os dias de

hoje. Segundo porque muitos dos antigos Sacerdotes do culto foram morrendo e

levando consigo boa parte do que sabiam. Terceiro por causa dos ensinamentos

passados pela transmissão oral, visto que pela oralidade restringia-se apenas a

memória dos mais confiáveis e graduados iniciados, a guarda dos fundamentos.

Memória muitas vezes falha, que levou simplesmente ao esquecimento de muitas das

preciosidades originais e dos fundamentos do culto. Por fim a dificuldade de se

levantar arquivos, registros históricos, matérias, artigos, documentos e demais

fontes de consulta, desestimulam ao estudo e a redescoberta do culto.

As atuais barreiras para se desvendar o Omolokô, devem-se a raridade de se

encontrar antigos livros publicados que tratem objetivamente do assunto, aliada

a total inexistência de novos lançamentos literários exclusivamente voltados à

doutrina do culto, para que se possibilite restaurá-lo e ergue-lo ao topo e ao

lado das demais religiões co-irmãs afro brasileiras, destacando-o por sua

genuína identidade.Mas como nenhum obstáculo é intransponível para

N'Zambiapongo, ou simplesmente Zambi - o Criador e Deus dos Bantus e do Omolokô

e nem para Kitembu, ou Tempo – O Patrono do Omolokô, estarei contribuindo para

que o meu culto tenha a sua identidade reconhecida, calcada em seus próprios

fundamentos, a fim de derrubar de uma vez por todas o tom, às vezes pejorativo,

de leigos, ao rotularem o Omolokô como um "Umbandomblé", uma "Umbanda Melhorada"

ou um "Candomblé de meia feitura", o que só demonstra o grau de desinformação a

respeito do culto.É preciso resgatarmos primeiramente as suas raízes. Para isso

focaremos inicialmente em África, mais precisamente naqueles que nos deixaram o

Omolokô de legado, o povo Kiôco, mais exatamente os Kiôcos de Lunda, de cuja

organização social, história e cultura, idioma nativo, costumes, crenças e

rituais religiosos, lendas e superstições, musicalidade e percussão e dos seus

conceitos morais foram erguidos os alicerces da religião praticada hoje em dia.


KIÔCOS DE LUNDA - A RAIZ AFRICANA DO OMOLOKÔ



Na antiguidade o povo Kiôco, conquistador por natureza, espalhou-se por diversos pontos da África Central, povoando uma grande extensão de terras, compreendidas desde a região Sudeste até a Nordeste da República Democrática de Angola, ocupando também parte da República Democrática do Congo e de Zâmbia.

Foi em Lunda, uma província dividida em Lunda do Norte e Lunda dos Sul, situada no nordeste de Angola, onde houve a maior concentração desse povo e de onde surgiu o termo Kiôcos de Lunda.
O idioma predominantemente usado pelos Kiôcos de Lunda é o Kimbundu, que influenciou a língua portuguesa a ponto de acoplar nela diversos termos como: samba, umbanda, etc.
A geografia na área ocupada pelos Kiôcos, tanto dispunha de bosques densos e florestas trop,icais às margens dos rios Kasai e Kwilu, quanto de planícies de savana e de imensos planaltos gramados desde a parte central angolana até a margem rio Zambezi na Zâmbia ocidental. Nesse "habitat" fartamente banhado pela natureza, cultuavam e louvavam o sagrado.
Os Kiôcos desenvolveram e mantiveram a sua identidade cultural adaptando-se a influências externas. O sucesso dos Kiôcos e de sua sobrevivência foram resultado de sua flexibilidade cultural e de sua habilidade para se adaptarem às mudanças imin,entes em toda África e fora dela(...)
Algumas vertentes do Omolocô seguem preceitos mais simples como no Nagô, deitas de 03 dias ,preceitos mais leves, porém sempre dentro da visão de Nação. No Omolocô em geral não se raspa, apenas no Ori como catulagem no restante , saídas, deitas, obrigações são fundamentadas como no Candomblé.


Omoloko


O nome Omoloko ou Omolocô é utilizado para definir uma organização religiosa originária do Rio de Janeiro com práticas rituais e de culto aos Orixás.
O Omoloko é uma palavra que deriva de duas outras, originárias da língua Iorubá cujo significado é: omo = filho; loko = abreviação de Iroko ou Irôco (Chlorofora excelsa), conhecida também como gameleira branca, uma árvore sagrada.
Juntas ganham o sentido de filhos de Iroko ou da gameleira branca, fazendo alusão ao ritual que os omorixás realizam sob uma frondosa árvore de Iroko em homenagem aos Orixás e a Ancestrais.

HISTÓRIA

A base cultural deste culto segrega-se provavelmente de um povo (Lagos/Lângodo/Sosso) situado na África. Supõe-se ser originário da cidade de Lokoja às margens do Rio Mitombo, nas circunvizinhanças dos Reinos do complexo Iorubá.

 
O Omoloko instaura-se no Rio de Janeiro, segundo estudiosos, no século XIX, compondo-se e organizando-se por completo no País, a partir do conhecimento trazido por negros vindos da África e seus descendentes; herança do período colonial, sofrendo influência de diversas vertentes religiosas da África, predominantemente o culto aos Orixás e aos Inkices, com ênfase nos Orixás e perifericamente nos Inkices, tornando particular sua forma de culto, mantendo a cosmologia de cada origem, mas interpretando-as a partir de rituais religiosos contemporâneos. Este fato o torna diferente dos candomblés tradicionais que mantém o predomínio de sua região original.

No Rio de Janeiro, com a miscigenação e influência do kardecismo francês instaura-se um novo movimento denominado Omoloko, disseminado prioritariamente por Tancredo da Silva Pinto, porém, o Omoloko subdivide-se em duas distintas classes sacerdotais: uma que funde os conceitos de nações africanas a conceitos modernistas do kardecismo, esoterismo e outras linhagens contemplativas denominando-se Umbanda-Omolocô ou Umbanda Cruzada e outra que mantêm afastadas e definidas as manifestações sócio-culturais, com preponderância no império Yoruba, denominando-se apenas como Omoloko. Mantendo-se como um exemplo deste seguimento a casa-de-santo Okobalaye, fundada na cidade de São Gonçalo/RJ.

ESTRUTURA DA ROÇA-DE-SANTO


A roça-de-santo é uma distinção utilizada, inclusive, pelos Omolokos para denominar o local onde se concentram as comemorações e rituais aos Orixás. O termo é uma referência ao período colonial em que os escravos cultuavam aos Orixás às escondidas nas roças e fazendas dos senhores de engenho.

A roça-de-santo possui distintos locais que concentram axé, onde juntos, emanam energia que têm como função: proteger, encantar, equilibrar e acentuar a fé dos omorixás da roça e pousar os visitantes.
A roça-de-santo é dividida em dois ambientes: O público e o sagrado.

O público:
Local onde se pode beber e fumar e onde se serve o Ajeum (refeição, comida), sendo um lugar que se é permitido maior descontração. Quintal

O sagrado:

Onde se encontram os atabaques e onde é executado o xirê do santo, saídas e obrigações. Sala.

Onde se guardam todos os apetrechos e vestimentas dos Orixás. Peji.

Onde estão guardados parte dos segredos da Roça-de-santo e onde são realizadas as iniciações. Roncó.

Onde se preparam todas as comidas de santo. Cozinha-de-santo.

Onde ficam os igbás e as coisas mais sagradas dos Orixás. Quartos-de-santo.

OBS: AS INFORMAÇÕES ACIMA PODEM SER ENCONTRADAS NO SITE http://pedroeymard.zip.net/

Outros sites:
http://www.doutorbasilio.com.br/modules.php?name=Conteudo&file=index&pa=showpage&pid=74
http://paijosedogun.wordpress.com/
http://www.grupos.com.br/blog/tatajoseodeoju/permalink/28576.html

6 PRÊMIO ATABAQUE DE OURO - 07 de agosto

ICAPRA

apresenta



6 PRÊMIO ATABAQUE DE OURO
Dobrando o couro para os 11 anos do ICAPRA
(Instituto Cultural de Apoio e Pesquisa às Religiões Afro)



Categorias:

Revelação Campeão de títulos

Melhor Coreografia

Melhor Curimbeiro

Melhor Torcida

Melhor Letra

Voz Veterana

Melhor Intérprete

Melhor Festival

Melhor Figurino

Campeões dos Campeões



07 de agosto de 2010
Abertura dos portões: 12h30m

Início do espetáculo: 13h30m



Local: RioSampa

Rodovia Presidente Dutra, Km 177, Nova Iguaçu.

Contatos: (21) 3756-9910/ID: 24*47656

Direção Geral: Marcelo Fritz



PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:

LIZ HERMANN e TIÃO CASEMIRO